Como Mudamos a Narrativa em Torno do HIV/AIDS? Reflexões no Dia Mundial de Luta Contra a AIDS
- Cenerli Alexandre - Fundador do Projeto Circulando
- 1 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
No Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, 1º de dezembro, enfrentamos uma pergunta crucial: Como podemos mudar a narrativa em torno do HIV/AIDS, celebrando os avanços médicos e ao mesmo tempo combatendo o estigma persistente?

Nos últimos anos, testemunhamos transformações notáveis no tratamento e na gestão do HIV/AIDS. Terapias antirretrovirais avançadas transformaram a doença de uma sentença de morte iminente para uma condição crônica controlável. Como resultado, a mortalidade por AIDS diminuiu significativamente, permitindo que pessoas vivendo com HIV tenham vidas longas e produtivas.
Além dos progressos médicos, a prevenção do HIV também evoluiu. Com a disponibilidade de métodos como o uso de preservativos e a profilaxia pré-exposição (PrEP), há uma maior proteção contra a transmissão do HIV. Esses avanços são acompanhados por uma maior acessibilidade a campanhas educativas, ampliando o conhecimento e a prevenção do HIV.
No entanto, apesar desses avanços significativos, enfrentamos um adversário igualmente desafiador: o preconceito contra pessoas vivendo com HIV/AIDS. Este estigma não apenas aliena e discrimina, mas também cria barreiras significativas para a testagem e tratamento do HIV. O preconceito, muitas vezes, é mais letal que a própria doença, um paradoxo que precisamos urgentemente resolver.
Neste Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, devemos reforçar nosso compromisso em combater o estigma associado ao HIV/AIDS. É essencial promover discussões abertas sobre o HIV, desfazer equívocos, e apoiar incondicionalmente aqueles que vivem com o vírus. A conscientização e a educação são chaves para transformar atitudes e promover uma mudança comportamental positiva.
Ao lembrarmos daqueles que perdemos para a AIDS, nos comprometemos a honrar suas memórias, lutando incansavelmente contra a doença. O maior tributo que podemos prestar é criar um mundo onde o estigma não seja mais destrutivo do que o próprio HIV/AIDS.
Esta é uma jornada contínua de cuidado, compaixão e compromisso. Convido a todos a se unirem nesta causa, não só hoje, mas todos os dias, para formar uma sociedade mais informada, empática e livre do estigma relacionado ao HIV/AIDS.
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